A História da Medicina Hiperbárica
A Medicina Hiperbárica é uma área de atuação médica que se dedica ao estudo, à prevenção e ao tratamento das doenças e lesões decorrentes do mergulho e do trabalho em ambientes pressurizados (como na construção de túneis e pontes em áreas alagadas).
Sua origem remonta à 1841 na França, quando Triger, um engenheiro de mineração francês fez a primeira descrição dos sintomas de doença descompressiva em operários de uma mina de carvão. Em 1854, os médicos franceses Pol e Watelle observaram que a recompressão aliviava os sintomas da doença descompressiva.
O uso terapêutico do oxigênio hiperbárico teve início em 1937 quando Behnke e Shaw o utilizaram para tratamento de doenças descompressivas. Em 1955 surgiram dois trabalhos pioneiros que tornaram-se referências clássicas da oxigenoterapia hiperbárica:
- High-Pressure Oxygen and Radiotherapy, publicado no The Lancet por I.Churchill-Davidson.
- Life without Blood, publicado no J.Cardiovasc.Surg. pelo cirurgião cardiovascular holandês Ite Boerema, considerado o "pai" da Medicina Hiperbárica moderna.
Desde então, a O2HB vem sendo utilizada, seja como tratamento principal, ou como terapêutica coadjuvante, em várias situações patológicas refratárias às abordagens convencionais.